#TermômetroOscar2016: Quais serão os escolhidos?


Olá meus idealistas, nem precisamos comentar
o quão o Globo de Ouro foi hilário, não é mesmo?
Com Jobs levando roteiro tendo "Oito Odiados" e 
"Quarto de Jack, sem falar em "Perdido em Marte" ter 
levado Melhor comedia tendo "A Grande Aposta", 
sem mencionar melhor ator, qual é, Matt Damon?

   Mas enfim, não é mesmo pelo menos não foi uma piada total tendo DiCaprio levando mais um Golden Globe e Iñárritu, apesar de achar que "Quarto de Jack" também merecia. Sendo assim resolvi fazer uma lista falando sobre os filmes que já assisti e que estão na disputa para entrarem para o Oscar 2016, portanto essa postagem será recorrente quando atingir o numero total de cinco filmes vistos

1. Os Oito Odiados (The Hateful Eight)   
  Uma película, de Quentin Tarantino com duração de 3h, mas que certamente você não sente o tempo passar de tão envolvente, o filme te prende do inicio ao fim. Quentin, certamente voltou ao seu modo de fazer roteiro sensacional, depois de Bastardos Inglórios e Cães de Aluguel, esse filme entra pro meu Top 3 Tarantinesco. Tarantino, transforma Os Oito Odiados em um Kill Bill versão velho oeste.
   
   Um roteiro divido em seis atos, assim como uma peça de teatro e assim mesmo decorre o filme, como se você estive presente ali todo o tempo, assistindo ao vivo tudo aquilo acontecer. Tudo muito bem ensaiado, os atores simetricamente perfeitos, cada um desenvolvendo seu papel brilhantemente, mas de todos os personagens, a que mais se destaca e chama a atenção é Daisy Domergue (Jennifer Jason Leight). Espero que ocorra uma indicação a Melhor Atriz Coadjuvante, pois ela certamente merece. Uma bela direção, Tarantino, consegue manter a qualidade e o interesse nos personagens do inicio ao fim, além de fazer com que eles consigam dançar conforme a sua música. 
   Quanto a produção, pra mim ganha +3 por ter conduzido maravilhosamente está parte, quer dizer trabalhar no frio não é pra qualquer um, não é mesmo?

Um aviso: Certamente este é um dos filmes mais violentos que Tarantino já produziu. O que eu quero dizer com isso? Bom, não é apenas um filme sobre vingança e sangue em exagero, é um filme que digamos assim... Traz cenas fortes de mortes e de certa forma adoração/prestigio de ver alguém morrer. 

2. O Pequeno Principe (Le Petit Prince) 
   Para amenizar o quadro anterior, vamos de animação.
  Um filme francês, assim como a obra em que foi baseado. Para aqueles que ainda não viram, não é um filme baseado na obra, é um filme que conta sobre a obra, ou seja, é mencionado o livro como uma forma de ensinamento.
   Se você foi uma criança que como eu leu e viveu o livro de Antoine de Saint-Exupéry, este filme vai te encantar de uma forma tão pura e simples que se torna surpreendente.

   O roteiro traz a historia de uma garotinha que tem a vida controlada pela mãe, todas as suas tarefas se voltam para a sua vida adulta que está planejada. Uma criança sem tempo para ser criança, mostrando aqui a questão da adultização e do amadurecimento precoce, não deixando a criança ter o seu tempo para ser o que é, até que a menina conhece um amigo que fez parte da história e conheceu O Pequeno Príncipe, a partir desse ponto a relação entre a menina e o aviador se amadurece, fazendo com a personagem viva a sua infância, mostrando-nos que isso é essencial. E por ai não para, o roteiro brilhante, que faz com que você pense sobre mil coisas na vida, com ensinamentos constantes que não se é tão velho assim para ser criança, ou que seja, mas que pelo menos mantenha essa criança dentro de você. Mostra que o mundo adulto é metódico, rotineiro, maçante e cheio de responsabilidades, mas que tudo pode ser diferente se você tiver sua criança interior, e não se esquecer dela. Um filme tão poético quanto o livro que homenageia, certamente um prato cheio pra nostalgia, reflexões, lições e emoções ao extremo.
  Um filme belo de se ver, de se ouvir e de certamente aprender, consideraria até que o filme é um tanto filosófico para crianças, mas creio que vale a pena coloca-las para assistir, além é claro de ler O Pequeno Príncipe.

3. O Regresso (The Revenant) 
  O tal comentado filme que traz DiCaprio e a sua talvez estatueta do Oscar.
   Um filme de Alejandro Iñárritu, que conta a história real de Hugh Glass que foi deixado para morrer pelos seus companheiros quando foi atacado por um urso. Um drama bem dirigido e produzido, que nos rendeu, certamente, uma maravilhosa atuação de DiCaprio, ele faz você sentir a dor, a agonia, o desespero e a luta do personagem. Consegue te prender e até almejar pra que ele consiga sua vingança, de tão árduo que foi o caminho, fazendo com que torçamos pra que ele consiga - se você acha que ele merecia ter levado o Oscar nos outros filmes que ele atuo, certamente você achará que definitivamente esse ano é DiCaprio-, você se conecta com o personagem e quando ele chega no seu objetivo, parece que aquele foi o seu objetivo também, na cena em que DiCaprio olha nos olhos da câmera, é como se você estivesse ali e foi pra batalha junto com ele. Ponto pra Iñárritu e ponto para DiCaprio por aguentar o close.
   
   Um filme com um roteiro bem dolorido, quando você acha que o personagem vai respirar, mais coisas vão acontecendo uma atras da outra, quando ele finalmente renasce (literalmente), você agradece e diz Amém, o filme traz seus alívios cômicos nos momentos oportunos e quando se deve ter.
   Sua fotografia é belíssima, apesar de tons escuros e frios por conta do contexto da história - inverno- o diretor de fotografia soube lhe dar com isso de forma eficaz, nos dando assim o presente de imagens surpreendentes de paisagens maravilhosas, com movimentos de câmera que acompanham e mantem o ritmo de drama da historia juntamente com uma trilha sonora eficaz e pontual, nos momentos certos dando a emoção que precisa ser ampliada.

4. O Bom Dinossauro (The Good Dinosaur)
   
   Mais uma animação Pixar, foi para o cinema e preciso dizer que mais uma vez veio para nos fazer chorar.
   Este filme tenho a honra de dizer que concorre com Divertida Mente (Inside Out) diretamente e de forma igualitária, tanto que se Bom Dinossauro chegar a levar o Oscar, não ficarei chateada.
  
   Os primórdios de uma era e de uma amizade épica Arlo e Spot, entram para o rank das melhores e mais inspiradoras amizades da história do cinema - posso está exagerando, mas vale o exagero-. Mais uma vez, um filme não tanto pra crianças assim, quer dizer aborda questões menos cabeçudas que Inside Out, mas ainda sim são assuntos um pouco fortes, não devo entrar em muitos detalhes porque não quero dar spoilers. Mas aborda questões como perdas, superações dos medos e uma coisa importante, lições - Pra crianças? sim. Porém mais para os Papais-. Arlo precisa superar seus medos e temos até sentimento de pena pelo personagem que simplesmente passa por poucas e boas, momentos bem ruins até encontrar um amigo, Spot, um homo sapiens retratado nesse caso mais como um animal de estimação que é o seu melhor amigo (O que nos leva ao Universo Pixar, mas isso  merece um post único), a partir de então tudo fica melhor e "mais fácil".
   Um filme que temos extremos absurdos de uma emoção a ponto de chorar à emoção incontrolável de rir, sinceramente um filme que pra mim foi uma obra de arte em todos os aspectos soube ter seus alívios cômicos, sua trilha sonora comovente, personagens encantadores com os quais você se identifica, um filme visualmente lindo.    

   Ah! sem conta as referencias notórias a outros filmes, que com certeza você irá perceber... Rei Leão, Procurando Nemo... Poderia passar horas falando sobre esse filme, mas me contendo em dizer assistam e sintam o que eu senti.

Obs.: O que está havendo com o mundo das animações? Ou tenho sido uma adulta sensível de mais ou eles realmente querem mexer ABSURDAMENTE com o meu emocional. Caramba!

5. O Quarto de Jack (Room)

   Um filme de Lenny Abrahamson, baseado no livro de Emma Donoghue que conta a história de Jack e sua mãe em um quartinho onde para Jack é o seu mundo e ali é tudo o que ele precisa, mas na verdade é um cativeiro onde sua mãe está mantida á pelo menos 7 anos.
  Um filme de sensibilidade única, apesar da temática forte e repugnante, o diretor consegue com que seja um relato de uma criança sobre se sentir segura com a sua mãe e mesmo que seja num quartinho pra ele isso basta. Sua mãe, por outro lado, esconde a realidade e  tenta repassar pra ele que ali é o lugar perfeito e que nada de ruim acontece ali, até que Jack completa 6 anos e Joy decide lhe contar a cruel realidade.

   Um drama incomodo, de certa forma, por ser a realidade existente no mundo, mas que possuí uma sensibilidade, uma forma de lhe dar com isso sútil através do olhar de uma criança. E o que dizer do diretor que consegue prender a sua atenção e dar dinamismo para cenas passadas em apenas uma locação e de espaço restrito. A cada novo plano uma nova descoberta do mundo de Jack e de sua rotina.
   Quanto aos atores Brie Larson como Joy "Ma" e Jacob Tremblay como Jack , em uma sintonia extrema, super ligados. Certamente uma maravilhosa atuação de Brie, que deve com absoluta certeza levar uma indicação de Melhor Atriz e digo que até de levar o prêmio. Brie conduz a personagem de forma esplendida, mostrando as nuances, os conflitos da personagem de forma transparente, nos repassando a dor, o desespero, a angustia ao mesmo tempo de que o amor extremo, proteção da personagem
   Um dos melhores dramas que vi esse ano!





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